Therezinha Cartonera


Livros que não saem das bibliotecas e livrarias são sempre tristes. Quem não gosta de viajar? Lugar de livro é também na escola, na rua, na praça, no ponto de ônibus, no bar, no lar, na sala de espera do consultório, debaixo do braço, em outros lugares. O objetivo desta publicação gratuita é circular pela cidade, passar de mão em mão: PASSEAR. Inventamos, então, uma intervenção poética!

Mas de que trata essa curiosa peça?



Eloísa Cartonera é o nome de uma editora argentina, cujos livros são confeccionados de forma artesanal, com capa de papelão e pintados de forma colorida. A editora é também uma cooperativa de trabalho, pois o papelão é comprado de catadores, que são chamados na Argentina de cartoneros, daí o seu nome. Os livros têm baixo custo e podem ser encontrados facilmente pelos arredores de Buenos Aires, em livrarias e bancas de jornal e revista.
Inspirado na editora portenha, o projeto Memórias Poéticas do Vale do Iguaçu, promovido pelo curso de Letras da UNESPAR (campus de União da Vitória), cria agora a coleção “Therezinha Cartonera”, nome que presta uma homenagem à Therezinha Thiel Moreira, uma das poetas de nossas cidades.

            Empolgados com a ideia de disseminar a produção literária local, que é um dos objetivos do projeto, convidamos vários poetas regionais para enviarem textos inéditos com a finalidade de produzir esta pequena antologia , intitulada “Poesia”. Aos poucos, generosa e timidamente, os textos foram chegando. O resultado aí está. Como o leitor poderá perceber, os temas e estilos dos textos que seguem são variados, demonstrando, assim, a pluralidade de nossa literatura. Alguns já possuem obras publicadas, outros são ainda desconhecidos do público, mas todos, de uma forma ou outra, apaixonados por aquela que, segundo o poeta Waly Salomão, talvez seja a menos culpada de todas as ocupações: A POESIA. Naturamente, a quantidade de poetas locais é bem maior do que aquela que aparece neste livro.

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